sexta-feira, outubro 17, 2008

Falando em anonimato...

Tetê estava em casa perto das 10 da noite, de camisolinha, quase dormindo abraçada a um livro chato, quando ouviu a campainha. Campainha? Como alguém consegue passar pelos cães de guarda que são os porteiros e alcançar a campainha assim, diretamente, sem interfone? Talvez fosse uma vizinha querendo papo e ela resolveu abrir.

Por alguns instantes, pensou que estivesse no meio de um pesadelo: na sua frente, três monstros coloridos fazendo muuuuito barulho. Ela tentou fechar a porta, mas um dos monstros colocou o pé no caminho, forçou a porta e abraçou Tetê enquanto os outros dois entravam e tentavam imobilizar um Beto Grude Gabbana que, em pânico, pulava de um lado para outro uivando. E de repente, no meio do pavor, vozes conhecidas... Sim, sim, sim... eram três amigas loucas, fantasiadas, excitadíssimas e já meio bêbadas. Tetê recupera o Beto do colo de uma bruxa roxa, senta no chão e tenta entender o que as três malucas diziam.

Simples assim: elas foram convidadas para uma festa à fantasia e sentiram saudades da amiga sumida. Tetê estava intimada a ir com elas. Ela tentou explicar com a maior calma que estava cansada, era tarde, ela não tinha nenhuma fantasia em casa e o Beto estava tomado por um surto psicótico depois do susto, mas elas não desistiriam tão fácil.

Reclamaram, xingaram, argumentaram que Tetê estava um pé no saco com as historinhas de caixa preta, piscininha de mil bolinhas, namoradinho e afins, e tinha abandonado cruelmente as amigas. Enquanto reclamavam, Ângela – a bruxa roxa – retoma o Beto (ai, judiação....). Carminha – a sereia dourada – invade o banheiro e volta com caixas de maquiagem e Vera – uma espécie de monstro negro do pântano – abre o guarda-roupa de Tetê e arremessa alguns possíveis vestidos em cima da cama.

Impossível resistir! Mesmo porque a promessa de uma diversão com várias pessoas juntas era um bálsamo para a vida reclusa, digamos assim, que Tetê vinha levando nos últimos meses. E menos de trinta minutos depois, Tetê está num longo azul, com uma coroa na cabeça e algumas flores pregadas na barra. Uma mistura de Scarlett, Cinderela, Iemanjá e Pastorinha, mas foi o que conseguiram para o momento supremo, e assim foi Tetê.

A festa acontecia numa casa maravilhosa, Tetê chegou a duvidar que estivesse em Curitiba. Pessoas lindas (continuou duvidando...), fantasias lindas, bebidinhas lindas, comidinhas lindas, tudo lindo. O dono da casa veio cumprimentá-las e ganhou a confiança da Tetê quando perguntou meigamente "um uisquinho? um bourboun?" Ah... lá foi Tetê com o Jack Daniel's! E quatro Jacks depois, Tetê estava se esbaldando na pista de dança, esquecendo completamente da Cinderela e Cia. Ltda. A maioria das pessoas estava de máscaras, o que era sem dúvida, divertido e inebriante. E ela dançou muuuito com um mascarado que tinha uma voz incrível e cantava! Tetê sempre achou um charme homens que cantam enquanto dançam. Mas de repente... a luz se fez!!! Não, não foi a consciência, foi o sol mesmo. Amanhecia quando Tetê ainda dançava com o mascarado e via os três monstros que a capturaram encostados uns nos ombros dos outros, num banco do jardim, roncando!

Jogada na banheira, com uma caneca de café preto fortíssimo, e tentando se preparar para enfrentar um dia de trabalho direto, Tetê chegou à conclusões dinâmicas: o anonimato é mesmo lindo; ela não foi feita para ficar parada e longe das multidões; definitivamente, não se fazem mais monstros, fantasias e "fantasia" como antigamente e, como última conclusão... precisa ter muita, mas muita competência para usar uma máscara. Sem perder o charme e a dignidade...

11 comentários:

Anônimo disse...

se não me convida pra um café... te convido pra passar seu aniversário comigo...

Anônimo disse...

AHHHH... LEGAL A FESTA À FANTASIA MAS... ??? ... SEM COMENTÁRIOS RSRS... BEIJO TETÊ!!!

Anônimo disse...

OPSSS SOU EU .... TATA.

Anônimo disse...

Yuhuuuu.... amei sua festa, Tetê! Só não deu pra entender ainda onde você guardou o piscina de bolinhas! Mas pelo menos, está se divertindo, minha amiga, e isso não tem preço. Da próxima vez vê se me convida, faz muito tempo que não sei de uma boa festa nesta nossa "capital cultural".
Beijos de montão

Anônimo disse...

Ai, Tetê... conta logo como foi o aniversário... o anônimo aí de cima tomou ou não tomou café com você???
besos

Tetê disse...

Oi "anônimo". Também não pude passar o niver com você....

Tetê disse...

Pois é Tata! A gente não pode perder a fantasia nunca, né? Que graça teria a vida?
Essa realmente me pegou de surpresa, mas foi fantástico estar lá!
Na próxima, eu te convido!
Beijinhos

Tetê disse...

Oi Pati curiosa! Eu não guardei o piscina de bolinhas... só fui a uma festa... e por coincidência tinha uma piscina, rsrsrs
Quer saber? Você tá certíssima, o que importa é a gente se divertir, e muuuuito...
Beijos mil!

Tetê disse...

Oi Leda! Vou contar do aniversário, com certeza! E o "anônimo" não passou comigo não! Niver sempre tem que ser especial, com pessoas especiais... se não tiver glamour, é melhor nem acordar no dia, viu?
Beijinhos

Anônimo disse...

Hummm... bom...rsrs.
Toda festa a fantasia tem seus encantos, assim como a vida! No começo da festa tudo é legal, tudo novidade, queremos descobrir quem está atrás de cada máscara, aquele colorido lindo com alegria e sorriso constantes! Aí você começa a descobrir, descobrir... e sem querer, a festa acaba e o encanto simplesmente vai embora. O bom de toda festa Tetê é que nunca devemos sair dela pela metade, e sim ir até o final... porque assim um dia poderemos relembrar com carinho e rir de todos os detalhes, bons e ruins daquela festa que com certeza não foi a última, haverá outra, outra e outra e assim renovando nossa curiosidade em saber QUEM SE ESCONDE ATRÁS DE CADA MÁSCARA! Rsrsrs

VIVA AS FESTAS A FANTASIA!!!

UM BEIJO MINHA QUERIDA!
DA TATA.

Tetê disse...

Tata... quem disse que eu saí no meio da festa? rs... Fui uma das últimas, já com o sol brilhando. E, juro, não tenho a mínima intenção de tirar máscaras! O charmoso é justamente esse anonimato, viu? Charmoso e inteligente, pois quando as máscaras caem... ui, ui, ui... que enjôo!
Beijos!