Você está andando na rua, chiquérrima com um tubinho Versace preto. Láááááá na esquina você avista um lobo mau. Ele vem andando firme em sua direção, você está congelada de pavor e começa a suar frio. A menos de um metro de você ele sussurra gentilmente: Você é diferente de todas as mulheres que já conheci.
Você está encantada com um homem. Ele é durão, macho pra caramba, irredutível, preso nos parâmetros mais machistas da humanidade. Você resolve agradá-lo, dá uma de Luma de Oliveira, compra uma coleira de cristal Swarovski caríssima com o nome dele gravado, e estréia metida num vestido vermelho francês com uma fenda na perna direita que mais parece a Garganta do Diabo. Ele olha bem dentro dos teus olhos e diz que odeia mulheres submissas.
Você não sabe cozinhar nada. Nadinha mesmo. E tem a nítida impressão de que panelas e fogões vão criar milhares de tentáculos carregadinhos de um veneno mortal que dispara se você chegar perto demais. Mas tem um homem pra lá de charmoso que você ju-ra que merece uma massa básica. Heroicamente você se enfia na cozinha e durante 30 longos minutos vê aquela água ferver, aquele macarrão se desmantelar todo e aquele molho ficar ali, borbulhando de uma forma indecente, torturante. Ele prova e diz que o molho tem que ser colocado só no final, para não ficar ácido daquele jeito.
Você está detonada. Semana cheia, reuniões intermináveis, agendas neuróticas e limite do cheque especial estourando. Todos os cartões de crédito entraram em greve. Seu cabelo implora por uma boa escova de chocolate e você não tem tempo de atendê-lo. Os jatinhos da hidromassagem pifaram quando você mais precisava deles. Mas... ele vem! Ele vai te colocar no colo, vai te dizer que tudo isso vai passar, que vai cuidar de você, que naquela noite vai te fazer esquecer do mundo! E ele chega! Cheiroso, lindo. Você ainda está irritada. Ele liga a TV para não perder uma luta de Box. Logo em seguida, ele dorme.
Seu cachorro voltou do Pet com um corte horroroso. Desesperada, você passa a mão na tesoura e corta o lado direito do bigode dele. Quando tenta o lado esquerdo, o cachorro surta, uiva, corre pela casa inteira, derruba dois vasos de orquídeas e não te deixa mais chegar perto nem com reza brava. Um homão atencioso chega na sua casa, olha para o seu cachorro e diz que ele está uma gracinha. E não nota que o seu cabelo também diminui 1,5 cm, pois nos únicos 20 minutos de sobra do dia, foi o que deu para fazer no salão.
Você explica pra ele uma situação delicada, profunda, repleta de detalhes imprescindíveis, de entendimento realmente difícil. E lógico que cada palavra que descreve cada detalhe imprescindível, é imprescindível ao quadrado. Ele não entende e você desenha. Ele responde com uma frase lacônica que faz alusão ao único (dos trezentos e vinte e oito) assunto que você não abordou.
Responderam?
Ah... e ainda querem saber o porque do sapatinho de cristal no início da postagem? Não. Não é da Cinderela não. É um exemplar Alexander McQueen legítimo. Porque é exatamente o que Tetê faria... colocaria um sapatinho de cristal pra lá de básico, ligaria para umas amigas descoladas e sairia... estrada afora. Que nem Chapeuzinho Vermelho em busca de lobos maus nativos. Legítimos mesmo. Furiosos. Esfomeados. Sedentos. Arrebatadores. Maus. Muuuuito maus.
Você está encantada com um homem. Ele é durão, macho pra caramba, irredutível, preso nos parâmetros mais machistas da humanidade. Você resolve agradá-lo, dá uma de Luma de Oliveira, compra uma coleira de cristal Swarovski caríssima com o nome dele gravado, e estréia metida num vestido vermelho francês com uma fenda na perna direita que mais parece a Garganta do Diabo. Ele olha bem dentro dos teus olhos e diz que odeia mulheres submissas.
Você não sabe cozinhar nada. Nadinha mesmo. E tem a nítida impressão de que panelas e fogões vão criar milhares de tentáculos carregadinhos de um veneno mortal que dispara se você chegar perto demais. Mas tem um homem pra lá de charmoso que você ju-ra que merece uma massa básica. Heroicamente você se enfia na cozinha e durante 30 longos minutos vê aquela água ferver, aquele macarrão se desmantelar todo e aquele molho ficar ali, borbulhando de uma forma indecente, torturante. Ele prova e diz que o molho tem que ser colocado só no final, para não ficar ácido daquele jeito.
Você está detonada. Semana cheia, reuniões intermináveis, agendas neuróticas e limite do cheque especial estourando. Todos os cartões de crédito entraram em greve. Seu cabelo implora por uma boa escova de chocolate e você não tem tempo de atendê-lo. Os jatinhos da hidromassagem pifaram quando você mais precisava deles. Mas... ele vem! Ele vai te colocar no colo, vai te dizer que tudo isso vai passar, que vai cuidar de você, que naquela noite vai te fazer esquecer do mundo! E ele chega! Cheiroso, lindo. Você ainda está irritada. Ele liga a TV para não perder uma luta de Box. Logo em seguida, ele dorme.
Seu cachorro voltou do Pet com um corte horroroso. Desesperada, você passa a mão na tesoura e corta o lado direito do bigode dele. Quando tenta o lado esquerdo, o cachorro surta, uiva, corre pela casa inteira, derruba dois vasos de orquídeas e não te deixa mais chegar perto nem com reza brava. Um homão atencioso chega na sua casa, olha para o seu cachorro e diz que ele está uma gracinha. E não nota que o seu cabelo também diminui 1,5 cm, pois nos únicos 20 minutos de sobra do dia, foi o que deu para fazer no salão.
Você explica pra ele uma situação delicada, profunda, repleta de detalhes imprescindíveis, de entendimento realmente difícil. E lógico que cada palavra que descreve cada detalhe imprescindível, é imprescindível ao quadrado. Ele não entende e você desenha. Ele responde com uma frase lacônica que faz alusão ao único (dos trezentos e vinte e oito) assunto que você não abordou.
Responderam?
Ah... e ainda querem saber o porque do sapatinho de cristal no início da postagem? Não. Não é da Cinderela não. É um exemplar Alexander McQueen legítimo. Porque é exatamente o que Tetê faria... colocaria um sapatinho de cristal pra lá de básico, ligaria para umas amigas descoladas e sairia... estrada afora. Que nem Chapeuzinho Vermelho em busca de lobos maus nativos. Legítimos mesmo. Furiosos. Esfomeados. Sedentos. Arrebatadores. Maus. Muuuuito maus.
18 comentários:
eu subornaria uma das suas amigas descoladas. só pra saber onde te encontrar com esse sapatinho de cristal. poxa!
Pois é, Tetê... dando continuidade a nossas conversas musicais, senti um cheiro de Guinga: "quando eu respeito os sinais, vejo você de patins vindo na contramão", hehe. Agora vem cá! Você sempre disse que eu não investia no material humano paranaense. Que tal me passar o e-mail da tal Dedé? Essa é poderosa, hein? Te deu uma prensa e você voltou a escrever. Enquanto você procura o lobo muito mau, eu também quero a versão feminina da história. Quem, afinal, não precisa de um coronel?
E finalmente respondendo: eu também sairia pra balada nessas condições tão sutis. Mas tenta, pelo menos, chegar numa esquina do Baixo Leblon, ok? Mais a ver do que o tal Batel...
Beijo
Ops... entendi... o blog parou um mês para reformulações, não foi? Agora virou uma agência de matrimônio? Olha só, Tetê... pode passar meu e-mail para o Edu aí de cima, viu? Embora eu não seja nem um pouco coronel, senti o poder de reclamar e ser atendida! Se rolar, Tetê, você avisa pra gente de quanto é sua comissão, rs.
E respondendo sua enquete: eu contrataria um exército de pulgas e soltava na casa de um homem desses. Já na primeira situação!
Beijos
Eu filmaria todos os lobos maus mais gatos da balada e mandaria o dvd pra ele no dia seguinte, num envelope cheinho de corações vermelhos com uma etiqueta: "Passo a passo - como ser o verdadeiro lobo mau".
O que??? Reconhecer o corte de cabelo do cachorro e não reconhecer o meu??? Eu mandava o cara para o pet, para uma tosa higiênica braba!!! Essa, só quem tem cachorro vai entender, viu?
Beijão pra Tetê
Hum hum hum... acho que tosa no pet não é suficiente... que tal um veterinário para uma cirurgia básica? também, quem tem cachorro vai entender...
Hummm agora ... eu acho que vc faria isso mas não fez!!! Vc gostaria de ter feito ou era o que vc faria em outros tempos mas ... hj vc prefere ser a chapéuzinho vermelho do lobo mau!!!!!
Se vc achar esse homem que nota, quando vc corta o cabelo, me avise... pq nunca conheci nenhum kkkkkk é mais fácil o cachorro notar!!! e talvez até te estranhar , mas homem??? cade??? aonde??? ainda mais um homem diferente de todos que já conheci em minha vida kkkk
Beijooo da Tata ... e ...
faz ele fazer o molho, a massa e tudo mais, e depois ainda, ajeitar a bagunça que ele deixou kkkkkk
Ahh vc quer saber o que eu faria??? absolutamente nada e muito menos a massa, assim não me aborreceria rsrsrs
Beijossss
Ai Tetê... eu faria o que você faz: deixava de sorrir e de falar...
Rui, Rui, Rui... que caminho mais longo, Rui. Subornar uma das minhas amigas??? Por que simplesmente não pergunta assim, na lata? Seja prático, cara!
Abraços da Cinderela!
Edu, queridíssimo! Como está se saindo com o seu novo coronel? Pelo que sei, vocês já se encontraram! Quero saber agora quando é que vou receber minha comissão por esse agenciamento, viu?
De resto, está muito bem dito pelo nosso querido Guinga... patins na contramão. Contramão da história da Pizzaria Guanabara.
Beijos mil
Dedé, amore mio! Exército de pulgas é tudo de bom, eu deveria ter pensado nisso antes. Mas onde vou comprar as pulgas? Com que grana? Afinal, você e o Edu ainda não depositaram os euros na conta do blog, né? Vou tentar um dos meus cartões de crédito enquanto coloco vocês na cobrança bancária!
Beijinhos...
Rita, eu A-M-E-I a idéia do DVD!!! Imagine a satisfação da pessoa ao receber esse tipo de relatório!!! Tem gente que precisa mesmo de uma cartilha...
Beijosssss
Queridissima Angela, uma tosa higiênica é o cúmulo da maldade... mas, aqui entre nós, muito bem merecida, viu? E geralmente eles saem das tosas bem quietinhos, com umas gravatinhas lindas. Sim, sim, sim... sem dúvida, uma excelente sugestão. Afinal quem deve levar uma vida de cão são eles, e não nós!
Beijos e muitas tosas!
Ô anônimo... castração??? Não é trash demais??? Inutilizar assim... vá que, por azar, a gente queira continuar usando... rs... e por mais azar ainda, tudo pare de funcionar...
A gente nunca sabe do futuro!
Beeeeijos
Oi Tata! Numa coisa você tem razão: homem notando cabelo da gente é uma utopia mesmo! Tirando o nosso próprio cabelereiro, acho que não existe mais nenhum!
Beijinhos
Ai, Pati! E começava a gritar? Se descabelar com os novos cabelos? Quem sabe... arrancando alguns, diminuindo atrás e arredondando do lado...
Beijos, quase sem cabelos!
Na lata: onde você usará a sandália?
Postar um comentário