segunda-feira, setembro 08, 2008

Chaves que realmente funcionam em portas fechadas

Pois é... Tetê sumiu... por um ótimo motivo: lua-de-mel.

De uma hora para outra, sem que ninguém pudesse supor, ela resolve de-fi-ni-ti-va-men-te assumir sua relação com o Piscina de Bolinhas. E não sobrou Tetê pra mais ninguém e pra mais nada. Em todas as instâncias (familiar, social, profissional) Tetê aparece com ele e o apresenta como "meu namorado". Acreditem, a última vez em que isso aconteceu foi em 1989, quando ela estava com o cientista. Desde então era bastante comum vê-la seguidamente com o mesmo homem, mas ela os apresentava pelo nome. E nunca andou de mãos dadas, abraçado ou aos beijos com nenhum deles. Sempre achou isso de uma infantilidade absurda.

Agora é diferente. Depois do susto, parece que o mundo se acostumou a vê-la pendurada nele por todos os cantos da cidade: cafés, restaurantes, cinemas, teatros, museus, galerias, pets, bares, esquinas, reuniões, livrarias, shoppings... Ele é presença constante em todos os momentos e em todos os lugares. Ela não imagina passar um dia sem ele. Eles se falam o dia inteiro, se telefonam e se visitam, se tratam por nomes carinhosos. Ela é uma outra Tetê e ninguém mais duvida: ela não está brincando.

No entanto, o mais interessante não é o que as pessoas estão vendo, mas o que está se passando dentro dela, os limites que ele está transpondo e os terrenos que ela o está deixando invadir. Começando com os finais de semana, que ela odiava dividir com alguém. Qualquer homem que dormisse na sexta era espantado categoricamente antes do almoço de sábado. Sábados e domingos sempre foram dela e só dela (depois do Beto Grude Gabbana isso mudou um pouquinho, é verdade, mas continuou excluindo qualquer outro ser vivo). O melhor amigo de Tetê sempre disse que sábados e domingos eram para amadores e ela sempre concordou com ele. Agora... o Piscina de Bolinhas chega na sexta, sai no domingo e Tetê quase morre quando ele se despede. Esquece completamente que antes dele, o final de semana era dedicado a salão, shopping, livrarias e armários, livros e banhos de cremes, hidromassagens e sais e, mais recentemente, pets e mais pets.

E ontem... houve ontem... um domingo ensolarado e frio... que ela nunca mais vai esquecer. Eles acordaram tarde depois do vinho da noite anterior. Por eles, teriam dormido muito mais, mas o Beto chamava o "papi" insistentemente, e o "papi" não deixa o Beto carente nem por um momento. Café, banho e uma saída rápida para almoçar no shopping. Voltam e assistem "Contato", filme que faz Tetê lembrar do pai dela e chorar adoidado, sentindo-se absolutamente sozinha.

Mas ontem... ela viu "Contato" agarradinha com o Piscina de Bolinhas. E não chorou. Assustou um pouquinho por não ter chorado. Assustou um montão quando sentiu que ele estava muito próximo dela. Quando lembrou que deu a ele a chave do apartamento. Assustou ainda quando percebeu que se referia a ele como "papi" do Beto. E assustou de verdade quando percebeu que ele estava próximo ao seu pescoço. E o pescoço de Tetê, por incrível que pareça, nunca esteve próximo de homem algum. Talvez ela lembrasse de vampiros, de ataques de animais selvagens, talvez sentisse cócegas, talvez simplesmente achasse inconveniente, desagradável, desnecessário. E ontem... antes que ela pudesse pensar em qualquer outra coisa, em qualquer tipo de impedimento, notou que ele estava – sem aviso prévio ou necessidade de consentimento – em seu pescoço. Na zona proibida. Abrindo a última porta, aquela que ela sempre manteve fechada a sete chaves para qualquer outro homem. Ele agora tinha todas as chaves. E ela agora não estava nem um pouquinho assustada. Ela agora estava feliz.

19 comentários:

Anônimo disse...

é muito saber que vc encontrou alguem e que esta bem. um beijo no seu coração.
Pavão.

Anônimo disse...

Tô dizendo... você escreve sempre de forma sensual quando fala do tal 'piscina de bolinhas'. Quer dizer que pegaram você, heim?
Beijo e sucesso.

Anônimo disse...

Estou muito muito muito feliz !!! Pelas bolinhas coloridas, por você... por ÊLE!!! Para mim não é novidade rs acho que percebi tudo isso muito antes de vocês e assim mais um ciclo de vida se completa, é tão bom ver as pessoas que gostamos felizes!!! Nossa eu fico bem, em saber, quanto bem você pode fazer a uma pessoa "MA-RA-VI-LHO-SA", quanta mudança! rsrs
Então, o Beto não é mais órfão e o papi realiza mais um sonho.
Dá até letra de música sabiá? "Um cãozinho na varanda"... rsrsrs
Querida Tetê, desejo tudo de bom a vocês, felicidades e curta muito... vocês merecem!!!
Um beijo.. super... hiper.. mega especial a família DOLCE&GABANNA!!!
Sua amiga, não mais virtual,
"TATA".

Anônimo disse...

comigo voce nunca andou de mão dada e sempre me apresentou pelo nome. aliás, sempre emendava dizendo que eu era um amigo. onde foi que eu perdi a chave?

Anônimo disse...

Tô achando que essa carioca trocou de uma vez por todas a água brilhando da chegada no Galeão pelas bolinhas macias de uma piscina curitibana... Errei???
Ainda mais agora que o Carlinhos saiu da Mangueira... você vai fazer uma Comissão de Frente só sua, cheinha de caixas pretas. Rs
Beijos do amigão

Tetê disse...

Pavão Mysterioso! Obrigada pela força, pela compreensão. Eu não imaginava que isso pudesse acontecer, mas aconteceu, é real. Agora é a sua vez, viu? Super sucesso, super sorte, super beijo. Super obrigada por tudo.

Tetê disse...

Celso! Você está obcecado pela sensualidade! Foi o pescoço, é? Rs... Vou tentar ter mais cuidado na próxima vez, pra não causar atentados ao pudor...
Beijos

Tetê disse...

Tata, obrigada! Você sempre teve razão mesmo, tenho que reconhecer. Mas a perua aqui e o cabeça-dura lá realmente demoooooram... coisas da idade, no mínimo. Hoje eu li uma máxima da Radical Chic: "não adianta nada você ter botox se lembra do governo do Jango". Well, que bom que nós todos só lembramos do Tancredo, não???
Beijíssimos

Tetê disse...

Olha só, "anônimo"... se eu sempre te apresentei pelo nome, se reforçava que você era um amigo, se nunca andei de mãos dadas com você, foi justamente porque você (seja lá quem for), nunca achou a chave... verdade, você não a perdeu! Você nunca a teve, just it.
Sorry, sorry, sorry. Mas se nem mesmo você se apresenta, como é que logo euzinha aqui vou te apresentar???
Kisses, dear friend

Tetê disse...

Queridíssimo Edu, que saudadinhas... Em primeiro lugar, você não errou. A louca aqui trocou mesmo o Galeão pela Piscina de Bolinhas e pela Caixa Preta (aliás, ela já não é mais preta! Tá todinha colorida, igual as bolinhas).
Em segundo lugar, o Carlinhos realmente dançou, né? Sem ele e sem o Jamelão, só resta a esta carioca os mergulhos na piscina particular. Mas nem te convido, porque esse eu não divido! Pelo menos achei uma coisa gostosa nessa cidade, né? E você? Quando vai começar a investir no material humano paranaense?
Beijos verdes e rosas.

Anônimo disse...

Sabia rsrsrs só não ganho la loto porque nunca jogo!!!!
Quanto a essa máxima que você mencionou , interessante , ontem mesmo comentei sobre isso no meu trabalho, de que adianta querer ser Presidente do CAHS (Diretório Acadêmico de Direito) hoje, se ainda pensa nos anos 60. O tempo passa e com êle nós também!!! Ohhh não to tendenuuuu nada quem é Jango? Tancredo? kkkkkk afff nasci muito depois disso kkkkkkkkkkkkk
Bom.. sabe de uma coisa? Legal você reconhecer que eu tinha razão, só vocês não viam, sabe porque? MEDO... mas agora que tudo passou e ele se mandou (o medo) vivam sem ter a vergonha de ser feliz, de ser uma eterna criança, se tiver que ser ridícula ... seja ... se tiver que ser infantil ... seja ... mas tudo em nome do amor!!! Tudo é válido!!! O que não é certo é ficar sozinho como dizia o poeta "É IMPOSSIVEL SER FELIZ SÓZINHO", e desse jeitinho mesmo como vocês estão fazendo, cada um no seu canto e em cada canto um encanto!

Ah mas continuo a fã tá? rsrsrs
Um beijo grandão para os três rsrsrs claro para o Beto também!!!

Anônimo disse...

Opssss sou eu tá? a Tata. Beijo esqueci de me identificar acima mas com certeza você saberia que era eu né? rsrs

Anônimo disse...

putz, agora é que eu não vou me apresentar mesmo, ne? depois dessa dura.

Tetê disse...

Valeu Tata! Thanks, thanks, thanks.
Beijos mil

Tetê disse...

Ex anônimo: grumpf!

Anônimo disse...

Estou preocupada. E decepcionada. Nunca te escrevi antes, mas acompanho suas aventuras (ou acompanhava, quando você escrevia). Faz um mês que entro aqui e não te encontro. Isso me faz pensar que todas as mulheres gostam de crises: elas atuam, criam, sobrevivem nas crises. E quando está tudo bem elas se acomodam. Será? Vejo por mim, também sou assim. Mas queria que você continuasse, de verdade. Mesmo porque, sem você saber, acaba se tornando uma referência para muitas de nós que sofrem ou vibram sozinhas. Passo essa mensagem também para o seu e-mail, se quiser me responder diretamente. Ou se quiser conversar, ou se quiser ignorar, ou se quiser continuar quietinha. Só não esqueça mesmo que muita gente vem aqui diariamente buscando força, risada, exemplo, coragem.
Te abraço bem forte, Tetê.

Anônimo disse...

Ufa! Até que enfim uma voz se levantou, Tetê. Não estou mesmo te reconhecendo, e te conheço muitíssimo bem. Onde se escondeu, afinal, a mulher que sempre foi meu exemplo? Vou ter que sair de Paris para fazer você falar? Rsrs... Ou você pode vir para cá... Tenho saudades.
Um beijo, minha querida.

Tetê disse...

Dedé:
Obrigada. Acabo de enviar um e-mail para sua caixa postal, como você sugeriu. Mas publicamente agradeço o seu toque, que tem um fundão de verdade. A gente se acomoda. Deve ser porque a gente não é acostumada a ser feliz... e quando isso pinta, a gente quer esquecer do mundo mesmo, e curtir, curtir, curtir muito. Mas Tetê que é Tetê não consegue sumir por muito tempo, não!
Beijo e um abraço bem forte também!

Tetê disse...

Maria. Pequena. Se você não falasse em Paris, eu ia ficar dois meses duvidando que fosse você mesma. Abrimos um canal por aqui, é? Legal. E escute bem: não vou achar nada ruim ir até aí conversar com você, viu? Tenho muitas saudades também. Muito orgulho de ver que aquela menina pequenininha se tornou um mulherão. Já não dá mais pra te chamar de Pequena... Você é, de verdade, uma grande e poderosa perua. E agora mais ainda: uma grande e poderosa perua francesa! Chiquérrima da Tetê! Beijíssimos!!!